Epic Games é processada por usar contadores "enganadores" na loja de Fortnite

No dia 5 de março, dois pais de jogadores de Fortnite entraram com um processo contra a Epic Games, acusando a desenvolvedora de usar contadores “enganadores” na loja do jogo. De acordo com eles, esses contadores criam um falso senso de urgência, principalmente entre os jogadores mais jovens, fazendo-os acreditar que precisam comprar itens rapidamente ou perderão a chance de adquiri-los, incentivados o famoso "FOMO" - Fear of Missing Out, ou seja, o medo de perder uma oportunidade única de compra.

Os pais afirmam que, quando o tempo do contador acaba, os itens não saem de promoção como prometido. Além disso, acusam a empresa de vender itens "limitados" que nunca são removidos da loja, enganando os jogadores.

Trailer da atual temporada de Fortnite, "Fora da Lei"

O processo classifica essas ações como ilegais, argumentando que a publicidade falsa e as datas de validade inventadas violam leis que proíbem práticas comerciais desleais. Os advogados também mencionam casos em que outras empresas foram condenadas por fazer algo parecido.

A Epic Games respondeu, dizendo que o processo se baseia em “erros factuais”. A empresa explicou que, em 2024, retirou os contadores de tempo da loja e tomou medidas para evitar compras acidentais, além de permitir que itens comprados sejam devolvidos. A Epic também afirmou que sempre deixou claro que métodos de pagamento não ficam armazenados nos seus servidores.

Esse processo é parecido com uma ação aberta pela Autoridade de Consumidores da Holanda no ano passado, que resultou em uma multa de mais de 1 milhão de euros para a Epic Games. Mesmo com a empresa afirmando que vai recorrer, Fortnite passou por mudanças nos seus contadores após o processo se tornar público.

Os pais que entraram com a ação querem transformá-la em uma ação coletiva, o que pode aumentar a pressão sobre a Epic Games caso a empresa perca o processo.

Fonte (em inglês): Polygon.